Um homem que tinha
Uma gaita bem de pasmar
Se alguém a ouvia
Fosse gente ou bicho
Entrava na roda a dançar
Um dia passava
Um sujeito e ao lado
Um burro com louça
A trotar
O dono e o burro
Ouvindo a tocata
Puseram-se logo a bailar
Partiu-se a faiança
Em cacos c'o a dança
E o pobre pedia a gritar
Ao homem da gaita
Que acabasse a fita
Mas nada ficou por quebrar
O Juiz de fora
Chamado na hora
"Só tenho
Que te condenar
Mas quero uma prova
Se é crime ou se é trova
Faz lá essa gaita tocar"
O homem da louça
Sentado na sala
Levanta-se e põe-se a saltar
Enquanto a rabeca
Não se incomodava
A sua cadeira era o par
Pulava o jurista
De quico na crista
Ninguém se atrevia
A parar
E a mãe entrevada
Que estava deitada
Levanta-se
E põe-se a bailar
Vá de folia
Vá de folia
Que há sete anos
Me não mexia
Havia na terra Um homem que tinha Uma gaita bem de pasmar Se alguém a ouvia Fosse gente ou bicho Entrava na roda a dançar Um dia passava Um sujeito e ao lado Um burro com louça A trotar O dono e o burro Ouvindo a tocata Puseram-se logo a bailar Partiu-se a faiança Em cacos c'o a dança E o pobre pedia a gritar Ao homem da gaita Que acabasse a fita Mas nada ficou por quebrar O Juiz de fora Chamado na hora "Só tenho Que te condenar Mas quero uma prova Se é crime ou se é trova Faz lá essa gaita tocar" O homem da louça Sentado na sala Levanta-se e põe-se a saltar Enquanto a rabeca Não se incomodava A sua cadeira era o par Pulava o jurista De quico na crista Ninguém se atrevia A parar E a mãe entrevada Que estava deitada Levanta-se E põe-se a bailar Vá de folia Vá de folia Que há sete anos Me não mexia Explain Request ×
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